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Migração entre ERPs: como trocar de sistema sem traumas

Migração de ERP é o processo de transferência de dados, funcionalidades e operações de um sistema de gestão existente para outro mais moderno

A migração entre ERPs permite que empresas acessem recursos mais avançados, melhorem a eficiência operacional e se adaptem às demandas do mercado atual.

O mercado brasileiro de software deve crescer 9,5% em 2025, superando a média global de 8,9%, segundo dados da ABES. Além disso, 33,3% das organizações pretendem adquirir ou trocar seus sistemas nos próximos dois anos, conforme pesquisa do Portal ERP.

Contudo, 60% das migrações excedem prazo e orçamento iniciais devido à subestimação da complexidade envolvida. Por isso, o planejamento estruturado e a escolha da estratégia adequada são essenciais para o sucesso da transição.

O que é migração de ERP e por que sua empresa pode precisar

A migração representa uma transformação profunda que vai além da simples troca de software. Esse processo envolve a reestruturação de processos empresariais, a capacitação de equipes e a adaptação de fluxos operacionais para maximizar os benefícios da nova plataforma.

Durante os anos 2010, a migração para SaaS transformou radicalmente o mercado, conforme análise da história do ERP. Atualmente, 53% das empresas utilizam soluções baseadas em nuvem, priorizando menor investimento inicial e maior escalabilidade.

Além disso, o processo compartilha muitas semelhanças com a implementação de ERP inicial de um sistema. No entanto, apresenta desafios adicionais relacionados à preservação de dados históricos e à manutenção da continuidade operacional durante a transição.

Empresas que investem adequadamente em gestão da mudança apresentam 85% maior taxa de sucesso em suas migrações. Portanto, o envolvimento de todas as partes interessadas desde o início do projeto é essencial para garantir a adoção efetiva do novo sistema.

Quando é hora de trocar de ERP: 8 sinais inequívocos

A decisão de migrar deve basear-se em indicadores objetivos que demonstrem limitações do sistema atual. Esses sinais frequentemente aparecem de forma gradual, mas seu impacto acumulado pode comprometer a competitividade da empresa.

1. Sistema obsoleto e sem atualizações

Sistemas sem atualizações regulares tornam-se vulneráveis a falhas de segurança e incompatibilidades. Além disso, a falta de suporte do fornecedor pode resultar em custos crescentes de manutenção e dificuldades para resolver problemas.

2. Falta de integração entre departamentos

A ausência de integração cria silos de informação que prejudicam a tomada de decisão. Quando departamentos operam com dados desconectados, surgem inconsistências que afetam a precisão dos relatórios gerenciais e a eficiência dos processos.

3. Custos de manutenção crescentes

Sistemas antigos frequentemente demandam investimentos crescentes em customizações, correções e suporte especializado. Quando os custos de manutenção superam 20% do valor original do software anualmente, a migração torna-se economicamente vantajosa.

4. Dificuldades operacionais recorrentes

Por outro lado, problemas frequentes como lentidão, travamentos e erros de processamento indicam limitações técnicas do sistema atual. Essas dificuldades impactam a produtividade das equipes e podem resultar em perdas financeiras.

5. Crescimento além da capacidade atual

O crescimento empresarial pode superar as limitações do sistema ERP existente em termos de usuários, transações ou funcionalidades. Quando o sistema não consegue acompanhar a expansão dos negócios, torna-se um obstáculo ao desenvolvimento.

6. Falta de suporte adequado

A descontinuação do suporte técnico ou a indisponibilidade de profissionais especializados no sistema atual representa um risco operacional. Sem suporte adequado, problemas podem permanecer sem solução por períodos prolongados.

7. Necessidade de conformidade regulatória

Mudanças na legislação podem exigir funcionalidades que o sistema atual não oferece. A não conformidade com regulamentações fiscais, trabalhistas ou setoriais pode resultar em multas e complicações legais para a empresa.

8. Demanda por mobilidade e acesso remoto

A necessidade crescente de trabalho remoto e mobilidade empresarial pode não ser suportada por sistemas legados. Plataformas modernas oferecem acesso via dispositivos móveis e funcionalidades de colaboração que sistemas antigos não conseguem proporcionar.

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Planejamento: a base de uma migração bem-sucedida

O planejamento detalhado representa o fator mais importante para o sucesso de uma migração. Projetos bem planejados apresentam 40% maior probabilidade de sucesso, enquanto aqueles sem planejamento adequado frequentemente excedem prazos e orçamentos em até 300%.

O timeline típico varia entre 6-12 meses para PMEs e 18-24 meses para grandes empresas, dependendo da complexidade dos processos e do volume de dados envolvidos. Contudo, esse prazo pode ser reduzido com estratégias adequadas de implementação.

A formação de uma equipe multidisciplinar é importante para abordar todos os aspectos da migração. Essa equipe deve incluir representantes de TI, usuários finais, gestores de processo e patrocinadores executivos para garantir alinhamento entre objetivos técnicos e empresariais.

Além disso, o estabelecimento de marcos claros e métricas de sucesso permite monitorar o progresso e identificar desvios precocemente. A definição de planos de contingência reduz os riscos associados a imprevistos durante o processo.

Preparação e migração de dados: evitando a perda de informações importantes

A preparação de dados constitui uma das etapas mais importantes e demoradas do processo. Problemas de qualidade de dados representam a principal causa de falhas em projetos, sendo responsáveis por 70% dos atrasos e custos adicionais.

O processo ETL (Extração, Transformação, Carga) deve ser executado de forma sistemática para garantir a integridade das informações. Durante essa fase, é essencial identificar e corrigir inconsistências, duplicações e dados incompletos que podem comprometer o funcionamento do novo sistema.

Auditoria completa dos dados existentes

A auditoria inicial deve mapear todos os tipos de dados, suas fontes e inter-relacionamentos. Esse levantamento permite identificar informações importantes, dados obsoletos e possíveis problemas de qualidade que precisam ser resolvidos antes da migração.

Limpeza e padronização de informações

Por sua vez, a limpeza de dados envolve a correção de inconsistências, eliminação de duplicatas e padronização de formatos. Esse processo pode consumir até 60% do tempo total da migração, mas é essencial para garantir a confiabilidade do novo sistema.

Estratégias de backup e recuperação

Backups completos devem ser realizados antes de cada etapa da migração, permitindo recuperação rápida em caso de problemas. Além disso, é importante testar os procedimentos de recuperação para garantir sua eficácia quando necessário.

Testes de migração em ambiente controlado

Testes em ambiente de desenvolvimento permitem identificar e corrigir problemas antes da migração definitiva. Esses testes devem simular cenários reais de uso e validar a integridade dos dados migrados através de comparações sistemáticas.

Escolhendo o novo sistema: critérios essenciais de avaliação

A seleção do novo sistema deve basear-se em critérios objetivos que considerem tanto as necessidades atuais quanto o crescimento futuro da empresa. Uma matriz de avaliação estruturada facilita a comparação entre diferentes fornecedores e soluções disponíveis no mercado.

Os critérios técnicos incluem arquitetura da solução, capacidade de integração, performance e escalabilidade. Por outro lado, os critérios funcionais abrangem cobertura de processos empresariais, facilidade de uso e capacidade de customização para atender necessidades específicas.

A avaliação do suporte técnico e da capacidade de treinamento do fornecedor é importante para o sucesso da implementação. Fornecedores com equipes especializadas e metodologias comprovadas apresentam maior probabilidade de entregar projetos dentro do prazo e orçamento estabelecidos.

O custo total de propriedade (TCO) deve considerar não apenas o investimento inicial, mas também custos de implementação, treinamento, manutenção e atualizações futuras. Essa análise permite uma comparação mais precisa entre diferentes alternativas de módulos ERP.

Estratégias de implementação: fases versus big bang

A escolha da estratégia de implementação impacta diretamente os riscos, custos e prazos da migração. Dados do mercado mostram que 50% das empresas preferem implementação em fases, enquanto apenas 20,8% optam pela abordagem big bang.

Implementação em fases: reduzindo riscos

A implementação faseada permite migrar módulos ou departamentos específicos de forma sequencial, reduzindo riscos operacionais e distribuindo custos ao longo do tempo. Essa abordagem facilita o aprendizado organizacional e permite ajustes baseados na experiência adquirida em cada fase.

Contudo, a implementação em fases pode resultar em maior complexidade de integração temporária e custos adicionais de manutenção de múltiplos sistemas. Além disso, o prazo total do projeto tende a ser maior comparado à abordagem big bang.

Big Bang: transformação rápida

Por outro lado, a implementação big bang substitui todo o sistema de uma vez, minimizando o período de transição e eliminando a necessidade de manter múltiplos sistemas simultaneamente. Essa abordagem pode ser mais econômica e eficiente quando bem executada.

No entanto, o big bang apresenta riscos operacionais maiores, pois qualquer problema pode afetar toda a operação da empresa. Por isso, essa estratégia exige planejamento mais rigoroso e testes mais abrangentes.

Implementação modular: foco nas prioridades

A migração modular permite priorizar áreas importantes como ERP financeiro antes de expandir para outros departamentos. Essa abordagem equilibra a redução de riscos com a necessidade de obter benefícios rapidamente em áreas prioritárias.

Gerenciando a resistência à mudança: engajando sua equipe

A resistência à mudança representa um dos principais desafios em projetos de migração. Estudos indicam que 85% dos projetos enfrentam algum nível de resistência dos usuários, sendo essa uma das principais causas de falha na adoção do novo sistema.

A comunicação transparente sobre os benefícios da migração e o impacto nas atividades diárias dos funcionários é essencial para reduzir a resistência. Além disso, o envolvimento dos usuários na definição de requisitos e na validação do sistema aumenta o senso de propriedade e aceitação.

O treinamento adequado deve começar antes da implementação e continuar após o go-live. Programas de treinamento estruturados, com foco nas tarefas específicas de cada usuário, facilitam a adaptação e reduzem a ansiedade relacionada à mudança.

Por sua vez, a identificação de champions internos em cada departamento acelera a adoção do novo sistema. Esses usuários influentes podem atuar como multiplicadores de conhecimento e defensores da mudança, facilitando a transição para suas equipes.

Go-live e suporte pós-migração: garantindo o sucesso

O go-live representa o momento onde o novo sistema entra em operação definitiva. Uma checklist detalhada deve verificar todos os aspectos técnicos e funcionais antes da ativação, incluindo testes de conectividade, validação de dados e confirmação de backups.

O suporte intensivo nas primeiras semanas após o go-live é importante para resolver problemas rapidamente e manter a confiança dos usuários. Equipes de suporte devem estar disponíveis em horário estendido para atender emergências e dúvidas operacionais.

O monitoramento de KPIs permite identificar problemas de performance ou funcionalidade que podem não ter sido detectados durante os testes. Métricas como tempo de resposta, taxa de erros e satisfação dos usuários fornecem indicadores importantes sobre o sucesso da migração.

Os ajustes e otimizações pós-implementação são normais e esperados em qualquer projeto. Um processo estruturado para coletar feedback dos usuários e implementar melhorias contínuas garante que o sistema evolua para atender plenamente às necessidades da empresa.

Alternativas à migração completa: soluções complementares

Uma alternativa moderna é adotar soluções como ERP Banking que complementem o sistema existente, reduzindo a necessidade de migração completa. Essa abordagem permite obter benefícios de modernização sem os riscos e custos associados à substituição total do sistema.

Soluções complementares oferecem funcionalidades específicas que podem não estar disponíveis no sistema atual, como automação financeira avançada ou integração bancária direta. Além disso, essas soluções podem ser implementadas mais rapidamente e com menor impacto operacional.

A integração com sistemas existentes através de APIs modernas elimina a necessidade de migração de dados históricos e permite manter processos já estabelecidos. Dessa forma, as empresas podem modernizar gradualmente suas operações sem interrupções.

O conceito de ERP Banking representa uma evolução natural dos sistemas de gestão, oferecendo automação financeira integrada que reduz 72% do tempo operacional. Essa abordagem permite que empresas mantenham seus sistemas atuais enquanto obtêm benefícios de tecnologias mais avançadas.

Medindo o sucesso: KPIs e ROI da migração

A definição de métricas de sucesso deve ocorrer antes do início da migração para estabelecer uma linha de base clara. Indicadores como tempo de processamento de transações, precisão de dados e satisfação dos usuários fornecem medidas objetivas do desempenho do novo sistema.

O cálculo do ROI deve considerar tanto os benefícios tangíveis quanto os intangíveis da migração. Benefícios tangíveis incluem redução de custos operacionais, aumento de produtividade e economia em licenças de software. Por outro lado, benefícios intangíveis abrangem melhoria na tomada de decisão e maior agilidade empresarial.

Benchmarks do mercado indicam que empresas bem-sucedidas em migrações observam 91% de otimização nos níveis de estoque e 78% de melhoria na produtividade. Além disso, 77% eliminam silos de dados, facilitando a integração entre departamentos.

O acompanhamento contínuo dos KPIs permite identificar oportunidades de otimização e garantir que os benefícios esperados sejam efetivamente realizados. Relatórios regulares de performance devem ser compartilhados com a alta direção para manter o alinhamento.

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Perguntas frequentes sobre migração de ERP

Esta seção esclarece as principais dúvidas sobre o processo de migração, abordando aspectos práticos que preocupam gestores e equipes técnicas durante a transição.

Quanto tempo demora uma migração completa?

O tempo varia entre 6-12 meses para PMEs e 18-24 meses para grandes empresas, dependendo da complexidade dos processos, volume de dados e estratégia de implementação escolhida. Projetos bem planejados tendem a cumprir prazos com maior precisão.

É possível migrar apenas parte do sistema?

Sim, a migração modular permite implementar funcionalidades específicas primeiro, reduzindo riscos operacionais e distribuindo custos ao longo do tempo. Essa abordagem é especialmente adequada para empresas que desejam modernizar gradualmente suas operações.

Como garantir que não haverá perda de dados?

Através de auditoria prévia completa, backups sistemáticos, testes rigorosos em ambiente controlado e validação detalhada antes do go-live definitivo. Procedimentos de recuperação também devem ser testados para garantir sua eficácia.

Qual o custo médio de uma migração?

Os custos variam amplamente conforme o porte da empresa e complexidade do projeto, mas frequentemente excedem o orçamento inicial em 200-400%. Soluções complementares como ERP Banking podem reduzir esses investimentos.

Como minimizar a resistência dos funcionários?

Com comunicação transparente sobre benefícios, treinamento adequado e contínuo, envolvimento ativo na definição de requisitos e demonstração clara das vantagens pessoais que o novo sistema proporcionará para cada usuário.

É necessário parar as operações durante a migração?

Não necessariamente. Estratégias como implementação em fases, operação paralela temporária ou soluções complementares permitem manter as operações normais durante a maior parte do processo de transição.

Como escolher entre migração completa e soluções complementares?

Avalie custos totais, riscos operacionais, urgência das necessidades e capacidade organizacional de absorver mudanças. Soluções como ERP Banking podem ser mais adequadas para modernizar funcionalidades específicas sem traumas operacionais.

Quais são os principais riscos de uma migração mal planejada?

Perda de dados importantes, interrupção prolongada das operações, custos excessivos não previstos, baixa adoção pelos usuários e não realização dos benefícios esperados, podendo comprometer a competitividade da empresa.

Guto Fragoso

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