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Teste de ERP: Como Fazer uma Avaliação Completa Antes da Compra

Entenda como avaliar sistemas de gestão de forma estratégica e escolher a solução ideal para transformar os processos da sua empresa em até 30 dias de análise.

O mercado brasileiro de software empresarial movimentou US$ 58,6 bilhões em 2024, com crescimento projetado de 9,5% para 2025. Neste cenário de expansão, 33,31% das empresas pretendem adquirir ou trocar seus sistemas de gestão até 2026, segundo pesquisa do Portal ERP. Essa estatística revela uma realidade preocupante: muitas organizações não estão satisfeitas com suas soluções atuais.

A escolha de um sistema empresarial representa um dos investimentos mais importantes para qualquer empresa. Por essa razão, o período de teste torna-se essencial para validar se a solução atende às necessidades específicas do negócio. Entretanto, muitas organizações não aproveitam adequadamente essa oportunidade de avaliação.

Este guia apresenta uma metodologia completa para testar sistemas de gestão de forma eficiente. Além disso, aborda critérios essenciais, períodos ideais e estratégias para maximizar o retorno do investimento. Com essas informações, gestores poderão tomar decisões mais assertivas na escolha de suas ferramentas.

O que é teste de ERP e por que é essencial?

O teste de sistemas de gestão consiste em um período de avaliação prática da solução, geralmente oferecido gratuitamente pelos fornecedores. Durante essa fase, as empresas podem validar a aderência da ferramenta às suas necessidades específicas. Dessa forma, reduzem consideravelmente os riscos de um investimento inadequado.

Segundo dados da ABES, o Brasil representa 40,7% do mercado de TI da América Latina. Neste contexto competitivo, empresas precisam de sistemas que realmente agreguem valor aos seus processos. Por isso, a avaliação prévia torna-se ainda mais relevante para o sucesso do negócio.

O período de teste permite identificar problemas de integração, desempenho e usabilidade antes da implementação definitiva. Além disso, possibilita treinar usuários e mapear necessidades de customização. Com isso, as organizações podem negociar melhores condições contratuais e prazos de implementação mais realistas.

Por que 33% das empresas estão repensando seus ERPs?

A pesquisa “Panorama Mercado Software 2024″ revelou que apenas 49,52% das empresas estão totalmente satisfeitas com seus fornecedores atuais. Enquanto isso, 28,03% raramente se frustram com os sistemas, mas ainda enfrentam limitações operacionais importantes. Esses números evidenciam a importância de uma escolha criteriosa na primeira implementação.

Os principais motivos para troca incluem limitações funcionais, dificuldades de integração e custos elevados de manutenção. Além disso, muitas empresas descobrem tardiamente que a solução escolhida não oferece gestão financeira inteligente adequada às suas necessidades específicas.

Já a falta de automação em processos financeiros representa outro fator determinante. Empresas que não priorizaram essa funcionalidade durante a avaliação inicial enfrentam retrabalho constante e perda de produtividade. Por isso, o teste adequado na primeira escolha pode evitar custosos processos de migração futura.

Metodologia completa para testar um sistema ERP

Uma avaliação estruturada deve seguir cinco etapas fundamentais para garantir resultados consistentes. Essa metodologia, baseada em melhores práticas do mercado, garante análise completa e decisões assertivas. Cada fase possui objetivos específicos e entregas bem definidas.

O cronograma típico varia entre 15 e 30 dias, dependendo da complexidade do sistema e dos processos empresariais. Contudo, períodos muito curtos podem comprometer a qualidade da avaliação. Por outro lado, testes excessivamente longos podem gerar custos operacionais desnecessários.

A metodologia proposta equilibra profundidade de análise com eficiência operacional. Dessa forma, empresas podem tomar decisões fundamentadas sem comprometer suas atividades rotineiras. Além disso, permite comparação objetiva entre diferentes fornecedores do mercado.

Etapa 1: Definição de objetivos e requisitos

O mapeamento de necessidades específicas constitui o alicerce de qualquer avaliação bem-sucedida. Nesta fase inicial, empresas devem distinguir claramente entre requisitos obrigatórios e desejáveis. Essa classificação orienta a pontuação posterior dos sistemas avaliados.

A participação de múltiplas áreas é essencial para capturar todas as necessidades organizacionais. Departamentos financeiro, comercial, operacional e de TI devem contribuir com suas perspectivas únicas. Com isso, evita-se a escolha de soluções que atendem apenas uma área específica da empresa.

Documentar objetivos quantificáveis facilita a posterior avaliação de resultados obtidos. Métricas como redução de tempo em processos, eliminação de retrabalho e melhoria na precisão de dados devem ser estabelecidas previamente. Assim, o teste pode medir efetivamente o valor agregado pelo sistema.

Etapa 2: Preparação do ambiente de teste

A configuração de dados realistas é fundamental para uma avaliação efetiva e confiável. Sistemas testados com informações fictícias não revelam problemas reais de desempenho ou integração. Por isso, empresas devem usar dados históricos representativos de suas operações diárias.

A definição de cenários de uso abrange desde operações rotineiras até situações excepcionais do negócio. Os testes devem incluir picos de transações, integrações complexas e relatórios customizados. Dessa forma, a avaliação contempla diferentes condições operacionais que a empresa enfrenta.

Por sua vez, a preparação da equipe avaliadora envolve treinamento básico no sistema e definição clara de responsabilidades. Cada membro deve compreender os critérios de avaliação e as métricas a serem coletadas. Com isso, garante-se consistência na análise dos resultados obtidos.

Etapa 3: Execução dos testes práticos

O roteiro de testes deve cobrir todos os módulos relevantes para a operação empresarial. Cada funcionalidade deve ser avaliada quanto à usabilidade, desempenho e aderência aos processos existentes. Além disso, os testes devem simular o volume real de transações da empresa.

A documentação sistemática de resultados facilita a posterior comparação entre diferentes sistemas. Planilhas estruturadas devem registrar tempos de execução, facilidade de uso e problemas identificados durante o processo. Por isso, a padronização da coleta de dados é essencial para análises consistentas.

Durante esta etapa, é importante avaliar como a solução integra processos financeiros e oferece automação financeira para tarefas repetitivas. Sistemas que não automatizam essas atividades podem gerar custos operacionais elevados no longo prazo.

Etapa 4: Avaliação de integrações

O teste de APIs e conectores revela a capacidade real de integração do sistema com outras ferramentas. Muitos sistemas de gestão prometem conectividade ampla, mas apresentam limitações práticas durante a implementação. Por isso, essa validação é fundamental para evitar surpresas futuras.

A validação de fluxos de dados entre sistemas deve contemplar diferentes cenários operacionais da empresa. Os testes devem incluir sincronização de cadastros, transferência de transações e consolidação de relatórios gerenciais. Dessa forma, empresas podem avaliar a robustez das integrações oferecidas.

É essencial testar especificamente as funcionalidades de conciliação automatizada e integração bancária do sistema. Essas funcionalidades são fundamentais para a eficiência operacional financeira. Além disso, impactam diretamente na precisão das informações gerenciais disponibilizadas.

Etapa 5: Análise de resultados e decisão

A matriz de avaliação comparativa deve ponderar diferentes critérios conforme sua importância estratégica para o negócio. Aspectos funcionais, técnicos e comerciais devem ser balanceados adequadamente na análise. Com isso, a decisão final reflete as prioridades estratégicas da empresa.

O cálculo de ROI projetado considera tanto benefícios quantificáveis quanto custos totais de implementação e manutenção. Empresas devem projetar economia de tempo, redução de erros e melhoria na produtividade operacional. Segundo estudos do mercado, o ROI médio é alcançado entre 12 e 24 meses após implementação.

Fatores de desempate incluem roadmap de desenvolvimento, reputação do fornecedor e qualidade do suporte técnico oferecido. Esses aspectos, embora subjetivos, influenciam diretamente o sucesso da implementação. Por isso, devem ser cuidadosamente considerados na decisão final.

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15 critérios essenciais para avaliar durante o teste

A avaliação sistemática deve considerar critérios técnicos, funcionais e de negócio de forma equilibrada. Cada aspecto possui peso relativo diferente conforme o perfil e necessidades da empresa. Contudo, todos influenciam diretamente o sucesso da implementação e adoção do sistema.

A pontuação de cada critério deve seguir escala padronizada, facilitando a comparação objetiva entre diferentes fornecedores. Recomenda-se escala de 1 a 10, com descrições claras para cada nota atribuída. Dessa forma, diferentes avaliadores podem manter consistência na análise realizada.

Critérios funcionais

A aderência aos processos empresariais representa o critério mais importante na avaliação funcional do sistema. Soluções que exigem mudanças drásticas nos processos podem encontrar resistência significativa dos usuários. Por isso, a flexibilidade de customização é essencial para o sucesso.

A facilidade de uso e qualidade da interface impactam diretamente na produtividade dos usuários finais. Sistemas intuitivos reduzem tempo de treinamento e aumentam a taxa de adoção organizacional. Além disso, interfaces modernas e responsivas melhoram significativamente a experiência do usuário.

Os recursos de relatórios e Business Intelligence devem atender às necessidades gerenciais específicas da empresa. Dashboards configuráveis e relatórios personalizáveis são essenciais para a tomada de decisão estratégica. Segundo pesquisa do Portal ERP, 12,2% das empresas priorizam BI em suas escolhas para 2024.

Critérios técnicos

O desempenho e velocidade do sistema são fundamentais para operações com alto volume de transações diárias. Os testes devem simular picos de uso e medir tempos de resposta em diferentes cenários. Sistemas lentos prejudicam a produtividade e geram frustração nos usuários finais.

A segurança e recursos de backup garantem a proteção adequada dos dados empresariais sensíveis. Certificações de segurança, criptografia e políticas de backup devem ser cuidadosamente avaliadas. Além disso, conformidade com regulamentações específicas do setor é essencial para compliance.

Por outro lado, a capacidade de integração determina a flexibilidade futura do sistema para evolução tecnológica. Soluções que se conectam facilmente com outras ferramentas facilitam a evolução tecnológica da empresa. Por isso, APIs abertas e conectores pré-construídos representam vantagens competitivas importantes.

Critérios de negócio

O custo total de propriedade vai muito além do valor de licenciamento inicial apresentado. Custos de implementação, treinamento, customização e manutenção devem ser cuidadosamente considerados. Para pequenas empresas, o investimento médio inicial varia de R$ 70.000 a R$ 90.000.

A qualidade do suporte e treinamento oferecidos pelo fornecedor influencia diretamente o sucesso da implementação. Empresas que não priorizam treinamento adequado têm 20% mais chances de falhas na adoção. Por isso, a avaliação criteriosa desses serviços é fundamental.

Já o roadmap de desenvolvimento e a reputação do fornecedor indicam a sustentabilidade da solução a longo prazo. Empresas devem avaliar a estabilidade financeira do fornecedor e seus planos de evolução tecnológica. Com isso, reduzem significativamente os riscos de descontinuidade da solução.

Como testar módulos financeiros específicos

Os módulos financeiros representam o coração de qualquer sistema empresarial moderno. Durante o teste, é essencial avaliar cuidadosamente funcionalidades de contas a pagar, contas a receber e fluxo de caixa. Essas áreas concentram a maior parte das transações diárias da empresa.

A automação de processos financeiros pode proporcionar até 72% de redução no tempo operacional dedicado a essas atividades. Por isso, sistemas que oferecem ERP financeiro robusto com módulos integrados de gestão têm vantagem competitiva importante no mercado.

Os testes específicos devem incluir conciliação bancária, emissão de boletos e integração com meios de pagamento digitais. Além disso, a capacidade de gerar relatórios fiscais e contábeis automaticamente é essencial para compliance. Essas funcionalidades impactam diretamente na conformidade regulatória da empresa.

Períodos de teste: quanto tempo é suficiente?

A análise de períodos típicos no mercado brasileiro revela variação entre 7 e 30 dias para avaliação. Sistemas mais simples podem ser avaliados em períodos menores, enquanto soluções complexas exigem mais tempo. Contudo, a qualidade da preparação influencia mais que a duração do teste.

Para otimizar tempo limitado de teste, empresas devem priorizar funcionalidades mais importantes para o negócio. Processos que representam 80% das operações diárias devem ser testados primeiro na avaliação. Dessa forma, maximiza-se o valor da avaliação mesmo em períodos reduzidos.

Estratégias de teste em fases permitem aprofundar gradualmente a análise das funcionalidades. A primeira fase foca em funcionalidades básicas, enquanto fases posteriores abordam integrações e customizações. Com isso, empresas podem estender avaliações de soluções mais promissoras.

Erros comuns durante o período de avaliação

O uso de dados fictícios representa o erro mais frequente em testes de sistemas de gestão. Informações irreais não revelam problemas reais de desempenho, integração ou usabilidade. Por isso, empresas devem investir tempo adequado na preparação de dados representativos.

Focar exclusivamente no preço pode levar a escolhas inadequadas a longo prazo para o negócio. Sistemas mais baratos frequentemente apresentam limitações funcionais ou custos ocultos de customização. Portanto, a análise deve considerar o valor total entregue pela solução.

Não envolver usuários finais na avaliação compromete a posterior adoção do sistema pela equipe. Funcionários que não participaram dos testes podem resistir às mudanças propostas. Além disso, suas perspectivas práticas são valiosas para identificar problemas operacionais reais.

Ignorar aspectos de implementação de ERP e os prazos envolvidos para ir ao ar pode gerar expectativas irreais. Implementações complexas podem levar de 3 a 4 anos em casos específicos do mercado. Por isso, cronogramas devem ser realistas desde o início do projeto.

Alternativas ao teste tradicional: demonstrações e POCs

Quando trials tradicionais não são oferecidos pelos fornecedores, demonstrações personalizadas representam alternativa valiosa. Essas apresentações permitem avaliar funcionalidades específicas com dados reais da empresa interessada. Além disso, possibilitam interação direta com consultores especializados na solução.

O Proof of Concept (POC) consiste em implementação piloto limitada do sistema em ambiente controlado. Embora envolva custos adicionais, oferece avaliação mais profunda que testes convencionais. Muitos fornecedores oferecem desconto na implementação final para empresas que optam por POC.

A Kamino, por exemplo, não oferece período de teste tradicional devido à necessidade de configurações bancárias específicas. Em vez disso, proporciona demonstração interativa personalizada que simula operações reais da empresa. Essa abordagem permite avaliar efetivamente a automação financeira oferecida pela plataforma.

Como calcular ROI durante o teste

As métricas de eficiência operacional devem ser coletadas sistematicamente durante todo o período de avaliação. Tempo de execução de tarefas, taxa de erros e produtividade por usuário são indicadores fundamentais. Essas medições permitem projetar benefícios quantificáveis com maior precisão.

A projeção de economia de tempo considera tanto atividades automatizadas quanto processos otimizados pela solução. Empresas relatam aumento de 20% a 30% na eficiência operacional após implantação bem-sucedida. Essa melhoria deve ser quantificada em valores monetários para análise de ROI.

Por sua vez, a redução de erros e retrabalho representa benefício importante dos sistemas integrados. A implementação pode reduzir em até 22% o retrabalho em processos administrativos da empresa. Esses ganhos operacionais devem ser considerados no cálculo de retorno do investimento.

Checklist completo para teste de ERP

Categoria Critério
Preparação do teste: [x] Definir objetivos claros e mensuráveis para avaliação
[x] Mapear processos importantes a serem testados
[x] Preparar dados reais representativos das operações
[x] Formar equipe multidisciplinar de avaliação
[x] Estabelecer cronograma detalhado de testes
Avaliação funcional: [x] Testar módulos financeiros essenciais para o negócio
[x] Avaliar usabilidade e interface do sistema
[x] Verificar aderência aos processos empresariais
[x] Testar recursos de relatórios e dashboards
[x] Avaliar funcionalidades móveis disponíveis
Avaliação técnica: [x] Medir desempenho com volume real de dados
[x] Testar integrações com sistemas existentes
[x] Avaliar recursos de segurança e backup
[x] Verificar escalabilidade do sistema
[x] Testar conectividade e APIs disponíveis
Avaliação comercial: [x] Calcular custo total de propriedade
[x] Avaliar qualidade do suporte técnico
[x] Verificar cronograma de implementação
[x] Analisar roadmap de desenvolvimento
[x] Avaliar reputação e estabilidade do fornecedor
Documentação de resultados: [x] Registrar feedback de todos os usuários
[x] Documentar problemas e limitações identificados
[x] Compilar métricas de desempenho coletadas
[x] Elaborar relatório comparativo entre sistemas
[x] Calcular ROI projetado para cada alternativa

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A escolha de um sistema empresarial representa decisão estratégica que impacta toda a organização a longo prazo. O período de teste, quando bem aproveitado, reduz significativamente os riscos desse investimento importante. Por isso, empresas devem abordar essa etapa com metodologia estruturada e critérios objetivos bem definidos.

O mercado brasileiro continuará crescendo, oferecendo cada vez mais opções tecnológicas para as empresas. Neste cenário competitivo, organizações que dominam processos de avaliação têm vantagem na escolha de soluções adequadas. Além disso, podem negociar melhores condições contratuais com fornecedores.

A automação financeira representa tendência irreversível no mercado empresarial brasileiro. Sistemas que integram essas funcionalidades oferecem vantagem competitiva sustentável para seus usuários. Por isso, a avaliação criteriosa dessas capacidades durante o teste é essencial para o sucesso futuro da empresa.

Guto Fragoso

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